Entendendo um pouco mais sobre o controle de coliformes nas águas de abastecimento

Entendendo um pouco mais sobre o controle de coliformes nas águas de abastecimento

Entendendo um pouco mais sobre o controle de coliformes nas águas de abastecimento

 

“Como é possível meu laudo apresentar bactérias do grupo Coliformes, se minha água é clorada?

Vamos entender um pouco mais sobre estes assunto?

Ainda que uma água seja devidamente clorada pode, em alguns casos, ainda apresentar bactérias do grupo coliforme, embora isso não deva ocorrer em condições ideais de desinfecção.

No texto a seguir, poderemos entender melhor sobre este assunto.

O que são bactérias do grupo coliformes?

O grupo coliforme é formado por bactérias da família Enterobacteriaceae que fermentam a lactose com produção de gás em 24–48h a 35–37 °C. Elas são usadas como indicadores de contaminação fecal ou eficiência do tratamento da água.

As principais bactérias desse grupo são:

  • Escherichia coli (coliforme termotolerante — indicador direto de contaminação fecal)
  • Enterobacter aerogenes
  • Klebsiella pneumoniae
  • Citrobacter freundii

Para que serve a cloração?

A aplicação de cloração é um método considerado eficaz e seguro para garantir o controle bacteriológico da água com relação à maioria das bactérias do grupo coliformes, especialmente as bactérias Escherichia Coli.

Entretanto, alguns parâmetros podem propiciar a sobrevivência ou reincidência de certas bactérias, tais como:

  1. Cloro livre em faicas abaixo de 0,2mg/L;
  2. Presença de biofilmes nas tubulações, nas quais bactérias pertencentes às bactérias do grupo Coliformes, como Klebsiella e Enterobacter podem se proteger;
  3. Presença de matéria orgânica na água: esta matéria acaba consumindo o cloro antes que o cloro possa atingir os microrganismos
  4. Alguma situação de recontaminação.

Bactérias mais resistentes:

  • Klebsiella pneumoniae;
  • Enterobacter cloacae;
  • Citrobacter freundii.

Importante ressaltar que essas bactérias supracitadas são não fecais; chamamos de coliformes ambientais; estas podem resistir em ambientes aquáticos e sobreviver por algum tempo em água clorada, especialmente se houver biofilmes ou ineficiência no processo de desinfecção.

Entendimento prático:

  • Água tratada corretamente e recém-clorada: não deve conter coliformes totais e nem E. Coli;
  • Água clorada com presença apenas de coliformes ambientais: pode indicar biofilme, manutenção deficiente, ou recontaminação pós-tratamento.
  • Ação corretiva: reforçar cloração, higienizar reservatórios e tubulações, e monitorar o residual de cloro livre (≥ 0,2 mg/L).

A seguir, temos uma tabela que poderá elucidar ainda melhor as explicações.

SituaçãoIndicaçãoAção Corretiva
Coliformes Totais e E. Coli presentes Falha grave na desinfecção ou contaminação fecal recente. Interromper o uso, cloração de choque, busca e eliminação da fonte de contaminação.
Apenas Coliformes Totais (ambientais) presentes Biofilme, recontaminação pós-tratamento ou manutenção deficiente. Reforçar cloração, higienizar reservatórios e tubulações, monitorar residual de cloro livre.
Ausência de Coliformes Totais e E. Coli Água em conformidade com os padrões de potabilidade. Manter o monitoramento e a rotina de desinfecção.

Por fim, ressaltamos que, para água de abastecimento humano, devemos atender a Portaria nº 05, anexo XX, alterada pela Portaria 888 do Ministério da Saúde, de Maio de 2021, onde não pode haver presença de bactérias do grupo Coliformes, sob riscos de saúde para as pessoas.

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